domingo, 24 de outubro de 2010

Viagem do EU!

Seria bom se pudéssemos, ao sentirmos necessidade, proporcionar uma viagem a si mesmo. Mas, não uma viagem qualquer... E, sim, uma viagem em que na bagagem levássemos apenas a primeira pessoa do singular...
Nesta viagem diferente eu deixaria os sentimentos, as lembranças, os amigos, a família, as preocupações, os temores... Não que eu esteja cansada de amar, de ser amada... Mas, é porque esta seria uma viagem exclusivamente para mim, onde eu me desprenderia de todo e qualquer sentimentalismo, onde eu não fosse capaz de sentir o AMOR que me faz bem ou a DOR que me dilacera.
Nesta viagem eu aproveitaria para caminhar sem ter noção do tempo, aproveitaria para dormir sem necessitar pensar sobre o que farei no dia seguinte, acordaria tranquilamente sem me amedrontar com qualquer tipo de ameaça desta vida inconstante. Eu usaria o tempo para simplesmente olhar a vida, olhar as pessoas, a paisagem, e principalmente, olhar para dentro de mim... Conhecer-me um pouco mais sem interferência da opinião dos que me cercam, ver o que há de bom e ruim em mim, sem pensar que sou melhor ou pior que os demais. E libertar-me de meus pré-conceitos, dos julgamentos. Não responderia perguntas e nem faria questionamentos, deixaria que, sem ansiedade o tempo me desse todas as respostas.
Seria um bom momento para sentir-me realmente livre. Onde nessa estrada só caminhasse eu & Deus!
Nesta viagem eu iria ser eu mesma, sem máscaras ou maquiagem, faria as minhas próprias vontades e, certamente iria rir de algumas bobagens ou talvez chorar de saudade. E, quando percebesse que já era hora, eu gostaria de ter a passagem de volta, pois, sei que não suportaria viver eternamente apenas comigo mesma, sem o AMOR e até mesmo, sem a DOR que é causada por nada além do que pelo próprio AMOR!

Por: Taiane Leite.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Saudade é o amor que fica!

Lindissímo Artigo do Dr. Rogério Brandão, Médico oncologista.

Como médico cancerologista, já calejado com longos 29 anos de atuação profissional (...) posso afirmar que cresci e modifiquei-me com os dramas vivenciados pelos meus pacientes. Não conhecemos nossa verdadeira dimensão até que, pegos pela adversidade, descobrimos que somos capazes de ir muito mais além.

Recordo-me com emoção do Hospital do Câncer de Pernambuco, onde dei meus primeiros passos como profissional... Comecei a freqüentar a enfermaria infantil e apaixonei-me pela oncopediatria. Vivenciei os dramas dos meus pacientes, crianças vítimas inocentes do câncer. Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar ao ver o sofrimento das crianças.

Até o dia em que um anjo passou por mim! Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos, calejada por dois longos anos de tratamentos diversos, manipulações, injeções e todos os desconfortos trazidos pelos programas de químicos e radioterapias. Mas nunca vi o pequeno anjo fraquejar. Vi-a chorar muitas vezes; também vi medo em seus olhinhos; porém, isso é humano!

Um dia, cheguei ao hospital cedinho e encontrei meu anjo sozinho no quarto. Perguntei pela mãe. A resposta que recebi, ainda hoje, não consigo contar sem vivenciar profunda emoção.

— Tio, — disse-me ela — às vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondido nos corredores... Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade. Mas, eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para esta vida!

Indaguei:

— E o que morte representa para você, minha querida?

— Olha tio, quando a gente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do nosso pai e, no outro dia, acordamos em nossa própria cama, não é? (Lembrei das minhas filhas, na época crianças de 6 e 2 anos, com elas, eu procedia exatamente assim.)

— É isso mesmo.

— Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!

Fiquei "entupigaitado", não sabia o que dizer. Chocado com a maturidade com que o sofrimento acelerou, a visão e a espiritualidade daquela criança.

— E minha mãe vai ficar com saudades — emendou ela.

Emocionado, contendo uma lágrima e um soluço, perguntei:

— E o que saudade significa para você, minha querida?

— Saudade é o amor que fica!

Hoje, aos 53 anos de idade, desafio qualquer um a dar uma definição melhor, mais direta e simples para a palavra saudade: é o amor que fica!

Meu anjinho já se foi, há longos anos. Mas, deixou-me uma grande lição que ajudou a melhorar a minha vida, a tentar ser mais humano e carinhoso com meus doentes, a repensar meus valores. Obrigado anjinho, pela vida bonita que teve, pelas lições que me ensinaste, pela ajuda que me deste. Que bom que existe saudade! O amor que ficou é eterno.

ATITUDE É TUDO!!!
Seja mais humano e agradável .
Cada uma das pessoas com quem você convive está travando algum tipo de batalha.
- Viva com simplicidade.
- Ame generosamente.
- Cuide-se intensamente.
- Fale com gentileza.
- E, principalmente, NÃO RECLAME!
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Me emocionei ao ler este artigo, e pude extrair várias lições:

"Eu não nasci prá esta vida" - Temos uma vida melhor, sem dores, sofrimentos, separações, uma vida que poderemos suspirar tranquilos com a certeza de que estaremos sempre ali para os nossos e os teremos sempre ali para nós!

"Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!" - Esta frase que partiu de uma pequena criança vítima do câncer é a esperança de todo aquele que crê na Volta de Jesus. Acordar na nossa vida verdadeira será o dia mais feliz de nossas vidas!

"Chocado com a maturidade com que o sofrimento acelerou, a visão e a espiritualidade daquela criança." - O sofrimento é inevitável na vida de todo ser humano, mas em lugar de nos revoltarmos contra Deus e contra o mundo, devemos extrair dele aprendizado, maturidade e mais simplicidade para encarar a vida!

"Saudade é o amor que fica!" - Esta frase penetrou em meu coração, pois até hoje não encontrei melhor definição para a palavra SAUDADE. É o amor que permanece mesmo quando quem amamos vai embora!

 Há pessoas que esquecem que a permanência nesta vida não é eterna, e vivem de forma contraditória ao que Deus lhes determinou, esquecem de amar, de sorrir, de se doar e passam a vida enterrados em seus problemas, em seu trabalho, em sua vidinha sem emoções. O meu conselho é ame a Deus, ame a vida, ame o outro, ame-se. Dê valor as coisas simples da vida, às pessoas, aos momentos juntos, a sinceridade, a beleza dos corações... Só assim serás feliz!
 
"Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha altura."
Por: Taiane Leite

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Invisibilidade Social

A entrevista com o psicólogo social Fernando Braga que desenvolveu uma pesquisa sobre a “invisibilidade pública” para a sua dissertação de mestrado trouxe a experiência que vivenciou durante oito anos trabalhando como gari nas ruas da Universidade de São Paulo.
O psicólogo nos expõe a realidade diária desta classe de trabalhadores que são invisíveis diante da sociedade e, que, dentro daqueles uniformes tornam-se seres insignificantes, sendo tratados como “coisa” pelos demais seres.
A Nova Psicologia Social é aplicada a esta tese, pois, pretende ir além do que é observável, ou seja, além do comportamento, buscando compreender o mundo invisível do homem. Para isso, propõe como conceitos básicos de análise, a atividade, a consciência e a identidade, que são características essenciais do homem e expressam o permanente movimento humano.
A prática vivida pelo psicólogo Fernando é chamada na Psicologia Social como atividade humana que é a base do conhecimento e do pensamento do homem, pois é através da atividade que o homem se apropria do mundo, ou seja, vem para dentro dele. O homem constrói o seu mundo interno na medida em que atua e transforma o mundo externo. Dessa maneira, o pesquisador se apropriou do mundo dos garis, vivenciando o contexto real daquela classe, e atuando como tal, construiu dentro de si uma nova visão desta realidade.
Durante a entrevista o psicólogo diz que a partir do momento em que você está inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais e que esta experiência o deixou curado da sua “doença burguesa”. Mudou a sua concepção diante desses trabalhadores subalternos e a forma como os trata. Isso se deu porque a consciência humana expressa à forma como o homem se relaciona com o mundo objetivo, e nesta relação ele o compreende, transforma-o em idéias e imagens e estabelece relações entre essas informações, de modo a compreender o que se produz na realidade ambiente. A consciência é, assim um certo saber. Não se limita apenas ao saber lógico, inclui o saber das emoções e sentimentos. E, passando por este processo de não apenas conhecer o enfrentamento da insignificância dos garis diante da sociedade, mas de também sentir e vivenciar esta realidade que o psicólogo passou a ter uma visão diferenciada da que tinha anteriormente.
A Nova Psicologia Social traz a Identidade como a denominação dada às representações e sentimentos que o indivíduo desenvolve a respeito de si próprio, a partir do conjunto de suas vivências e está sempre em movimento, pois a cada nova relação com o mundo social estamos em processo de transformação. Relacionamos a questão da Identidade com o momento em que os garis ao perceber que o psicólogo não tinha a mesma origem socioeconômica deles, o trataram de forma privilegiada mesmo estando na mesma função. Pois, eles já desenvolveram a sua Identidade como inferiorizada a dos outros indivíduos que se encontram numa posição social considerada superior.
Ao refletir que a Identidade está em constante movimento e que é na relação com o mundo social que ela se transforma, concluímos que, quando cada indivíduo romper com esta percepção que está condicionada a divisão social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa, estaremos também contribuindo com a construção da Identidade do outro, ao mostrarmos que, enquanto seres somos iguais independente do uniforme que ele esteja trajando.

Por: Taiane Leite

Veja abaixo a entrevista completa com o Psicológo Social Fernando Braga da Costa:
 
O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou oito anos como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo. Ali, constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são ‘seres invisíveis, sem nome‘. Em sua tese de mestrado, pela USP, conseguiu comprovar a existência da ‘invisibilidade pública’, ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa.
Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição de sua vida:
‘Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode significar um sopro de vida, um sinal da própria existência‘, explica o pesquisador.
O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não como um ser humano. ‘Professores que me abraçavam nos corredores da USP passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme. Às vezes, esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhão‘, diz.
Apesar do castigo do sol forte, do trabalho pesado e das humilhações diárias, segundo o psicólogo, são acolhedores com quem os enxerga. E encontram no silêncio a defesa contra quem os ignora.

Diário – Como é que você teve essa idéia?

Fernando Braga da Costa - Meu orientador desde a graduação, o professor José Moura Gonçalves Filho, sugeriu aos alunos, como uma das provas de avaliação, que a gente se engajasse numa tarefa proletária.
Uma forma de atividade profissional que não exigisse qualificação técnica nem acadêmica. Então, basicamente, profissões das classes pobres.

Diário – Com que objetivo?

Fernando Braga da Costa - A função do meu mestrado era compreender e analisar a condição de trabalho deles (os garis), e a maneira como eles estão inseridos na cena pública. Ou seja, estudar a condição moral e psicológica a qual eles estão sujeitos dentro da sociedade. Outro nível de investigação, que vai ser priorizado agora no doutorado, é analisar e verificar as barreiras e as aberturas que se operam no encontro do psicólogo social com os garis.

Diário – Que barreiras são essas, que aberturas são essas, e como se dá a aproximação?
Quando você começou a trabalhar, os garis notaram que se tratava de um estudante fazendo pesquisa?

Fernando Braga da Costa - Eu vesti um uniforme que era todo vermelho, boné, camisa e tal.
Chegando lá eu tinha a expectativa de me apresentar como novo funcionário, recém-contratado pela USP pra varrer rua com eles. Mas os garis sacaram logo, entretanto nada me disseram. Existe uma coisa típica dos garis: são pessoas vindas do Nordeste, negros ou mulatos em geral. Eu sou branquelo, mas isso talvez não seja o diferencial, porque muitos garis ali são brancos também. Você tem uma série de fatores que são ainda mais determinantes, como a maneira de falarmos, o modo de a gente olhar ou de posicionar o nosso corpo, a maneira como gesticulamos. Os garis conseguem definir essa diferenças com algumas frases que são simplesmente formidáveis.

Diário - Dê um exemplo.

Fernando Braga da Costa - Nós estávamos varrendo e, em determinado momento, comecei a papear com um dos garis.
De repente, ele viu um sujeito de 35 ou 40 anos de idade, subindo a rua a pé, muito bem arrumado com uma pastinha de couro na mão.
O sujeito passou pela gente e não nos cumprimentou, o que é comum nessas situações.
O gari, sem se referir claramente ao homem que acabara de passar, virou-se pra mim e começou a falar:
‘É Fernando, quando o sujeito vem andando você logo sabe se o cabra é do dinheiro ou não.
Porque peão anda macio, quase não faz barulho. Já o pessoal da outra classe você só ouve o toc-toc dos passos. E quando a gente está esperando o trem logo percebe também: o peão fica todo encolhidinho olhando pra baixo. Eles não. Ficam com olhar só por cima de toda a peãozada, segurando a pastinha na mão‘.

Diário - Quanto tempo depois eles falaram sobre essa percepção de que você era diferente?

Fernando Braga da Costa - Isso não precisou nem ser comentado, porque os fatos no primeiro dia de trabalho já deixaram muito claro que eles sabiam que eu não era um gari.
Fui tratado de uma forma completamente diferente. Os garis são carregados na caçamba da caminhonete junto com as ferramentas.
É como se eles fossem ferramentas também. Eles não deixaram eu viajar na caçamba, quiseram que eu fosse na cabine. Tive de insistir muito para poder viajar com eles na caçamba. Chegando no lugar de trabalho, continuaram me tratando diferente.
As vassouras eram todas muito velhas. A única vassoura nova já estava reservada para mim. Não me deixaram usar a pá e a enxada, porque era um serviço mais pesado.
Eles fizeram questão de que eu trabalhasse só com a vassoura e, mesmo assim, num lugar mais limpinho, e isso tudo foi dando a dimensão de que os garis sabiam que eu não tinha a mesma origem socioeconômica deles.

Diário - Quer dizer que eles se diminuíram com a sua presença?

Fernando Braga da Costa - Não foi uma questão de se menosprezar, mas sim de me proteger.

Diário - Eles testaram você?

Fernando Braga da Costa - No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Eles colocaram uma garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra classe, varrendo rua com eles. Os garis mal conversavam comigo, alguns se aproximavam para ensinar o serviço. Um deles foi até o latão de lixo pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela metade e serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. E como a gente estava num grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro. Eu nunca apreciei o sabor do café. Mas, intuitivamente, senti que deveria tomá-lo, e claro, não livre de sensações ruins. Afinal, o cara tirou as latinhas de refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem formiga, tem barata, tem de tudo. No momento em que empunhei a caneca improvisada, parece que todo mundo parou para assistir à cena, como se perguntasse:
‘E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca?‘ E eu bebi.
Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles passaram a conversar comigo, a contar piada, brincar.

Diário - O que você sentiu na pele, trabalhando como gari?

Fernando Braga da Costa - Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central. Aí eu entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro, passei pelo andar térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro acadêmico, passei em frente a lanchonete, tinha muita gente conhecida. Eu fiz todo esse trajeto e ninguém em absoluto me viu. Eu tive uma sensação muito ruim. O meu corpo tremia como se eu não o dominasse, uma angustia, e a tampa da cabeça era como se ardesse, como se eu tivesse sido sugado. Fui almoçar, não senti o gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado.

Diário - E depois de oito anos trabalhando como gari? Isso mudou?

Fernando Braga da Costa - Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a situações pouco saudáveis. Então, quando eu via um professor se aproximando – professor meu – até parava de varrer, porque ele ia passar por mim, podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se tivesse passando por um poste, uma árvore, um orelhão.

Diário - E quando você volta para casa, para seu mundo real?

Fernando Braga da Costa - Eu choro. É muito triste, porque, a partir do instante em que você está inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais. Acredito que essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa. Esses homens hoje são meus amigos. Conheço a família deles, freqüento a casa deles nas periferias. Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador.
Faço questão de o trabalhador saber que eu sei que ele existe. Eles são tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado pelo nome. São tratados como se fossem uma ‘COISA’



O livro Manifesto do Partido Comunista foi escrito por Karl Marx e Friedrich Engels com o intuito de expor o comunismo, seu modo de ver, seus fins e suas tendências ao mundo inteiro, numa época em que o espectro do comunismo ronda a Europa e todas as potências estão unidas numa aliança contra os comunistas.
O livro é constituído em três partes, que formam um conjunto de “verdades” em que os revolucionários da época acreditavam.
A primeira parte intitulada como “Burgueses e Proletários” descreve as duas classes sociais e a luta travada por ambas desde o início da história da humanidade. Mostra a exploração da burguesia e a revolta do proletariado pela dominação dos burgueses e as transformações da burguesia industrial que provocou uma revolução em todo o mundo.
A segunda parte tem como título “Proletários e Comunistas” e seu principal foco é o papel dos comunistas junto ao proletariado. É mostrado que o comunismo luta de forma ativa pelo proletariado e por seus objetivos que é a constituição dos proletários em classe, a derrubada da supremacia burguesa e a conquista do poder político pelo proletariado.
A terceira parte é a “Literatura Socialista e Comunista” que faz críticas a três correntes socialistas da época: "socialismo reacionário", "socialismo conservador e burguês" e o "socialismo e comunismo crítico-utópico”
O livro finaliza expondo as idéias do comunismo e a posição diante dos diferentes partidos de oposição, apoiando em toda parte qualquer movimento revolucionário contra o estado de coisas social e político existente. Marx e Engels concluem com a frase: “Proletários de todos os países, uni-vos!” com o intuito de ameaçar os conservadores diante da idéia de uma revolução comunista.
O Manifesto trouxe esperança e progresso a situação dos trabalhadores que viviam insatisfeitos com a realidade da sua classe e motivou diversos movimentos de trabalhadores, que ajudou a amenizar os problemas relacionados a absurda exploração que sofriam há várias décadas, ao enfatizar a igualdade entre os homens e ao afirmar que os pobres, os pequenos, os explorados, enfim, os proletariados também podem ser senhores de suas vidas.

Referência: MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido Comunista. 4º ed. SP, Global 1984.


Por: Taiane Leite

Criança, a alma do negócio!

Na aula de Gestão Social do dia 23 de Setembro de 2010 assistimos o documentário: criança, a alma do negócio produzido pela Maria Farinha Produções com direção de Estela Renner. Este post é o resumo solicitado pela professora da disciplina sobre nossa visão do tema. Compartilho com vocês:

O documentário, criança, a alma do negócio, retrata a realidade da situação das crianças do mundo inteiro, e especificamente do nosso país. É de grande relevância quando o filme nos traz a realidade sobre o consumismo exagerado, desses que, deveriam estar vivendo sua infância sem grandes preocupações.
A mídia tem investido desproporcionalmente no público infantil, pois já foi comprovado que é muito mais fácil induzir à criança do que o adulto, e que, através delas conseguem chegar facilmente ao alvo principal, que são aqueles que possuem recursos financeiros para adquirir o que está sendo ofertado, sendo geralmente os pais.
No Século XXI as crianças tem trocado as brincadeiras de bonecas pela ilusão imposta de serem as próprias bonecas, ou seja, o marketing feito para vendas de maquiagem, roupas e acessórios infantis têm criado um desejo incontido de ser como a “Barbie” ou como uma “Princesa”, e para isso, elas precisam pagar o preço de deixar de viver a naturalidade desta fase de vida.
Devido à ausência da família na maior parte do dia por conta de suas múltiplas funções, as crianças tem ficado a mercê da tecnologia que joga todos os tipos de informações, e para suprir esta ausência os pais acreditam que, devem dar aos filhos tudo aquilo que eles desejam para demonstrar-lhes o afeto e o resultado de seu trabalho. E, isto vai se tornando uma cadeia sem fim, pois, a cada dia outras “necessidades” de consumo vão surgindo para essas crianças com as novidades que vão lhe sendo apresentadas e, o processo vai se repetindo, findando assim o controle dos pais pelo consumo de seus filhos.
O documentário mostra também que, as crianças têm sido estimuladas a péssimos hábitos alimentares, preferindo sempre os alimentos industrializados e não tendo contato algum com frutas, verduras ou quaisquer outros tipos de alimentos saudáveis. E, com isto estamos criando uma sociedade doente que não terá muita perspectiva de vida longa, pois, o que está sendo consumido não traz benefício algum para a saúde destes indivíduos.
É lamentável a forma como o capitalismo vem impondo as nossas crianças o que vestir, o que usar, o que comer, como brincar e a negociação que tem feito com a infância deste século. É necessário que, haja o mínimo de respeito aos meninos e meninas do nosso Brasil!

Por: Taiane Leite
 
Assista o documentário completo através do link http://www.alana.org.br/CriancaConsumo/Biblioteca.aspx?v=8&pid=40, onde também poderá encontrar informações sobre o 'Consumo Infantil'.