terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Renovar a Saudade!


O termo “Matar a saudade” é um tanto que contraditório, não sei quem foi o seu inventor, porém discordo plenamente dele. Sob a minha concepção saudade não se “mata”, pois, enquanto estivermos distante de quem amamos a saudade não morrerá. Para mim, o termo “matar a saudade” seria corretamente usado se não houvesse mais distância ou separação, ai sim, a saudade seria extinta. Diante disso, troco o termo por “Renovar a saudade”, ou seja, quando reencontramos a pessoa amada estaremos apenas renovando a saudade que continuaremos a sentir após nos distanciarmos novamente.
Um exemplo pessoal disto, é que, no último Fim de Semana não matei a saudade da minha irmã Mila, pois bastou que eu saísse de perto dela para no próximo segundo voltar a sentir saudade novamente, porém, posso dizer que “renovei a saudade” que vou ficar sentindo até estarmos juntas outra vez. É como se eu tivesse esvaziado o coração que já estava repleto de saudade para dar espaço e enche-lo novamente.
Alguns afirmam que o amor se desvanece com a distância, outros acreditam que nenhum sentimento conserva-se inabalável ao tempo. Tenho por certo que tais pessoas não tiveram o privilégio de amar genuinamente. Posso asseverar isto com propriedade, pois, de todas as coisas boas que Deus me presenteou, a melhor delas foi o AMOR. O amor por meus pais, minha família, meus queridos amigos, meu amado namorado e o amor fraternal por minhas lindas irmãs. Algumas perto, e uma longe que amo imensamente e inexplicavelmente.
E, quanta saudade eu sinto desta minha irmã que vive tão distante de mim, e ao mesmo tempo tão perto do meu coração. Agradeço a Deus pelas oportunidades que me proporciona de “renovar essa imensa saudade”.
Passar o Natal ao seu lado e ter a felicidade de vê-la salva de um acidente que poderia ter lhe tirado a vida foi de uma alegria indescritível para mim e um presente incalculável proporcionado por Deus e por meu amor.
E, o que dizer então de ter visto o seu olhar outra vez fixo no meu? Quando o nosso olhar se encontrava eu assistia por fração de segundos um filme de tudo o que vivemos juntas.
Por vezes me concentrei no seu sorriso, como se eu quisesse guardá-lo numa caixinha para escutar toda vez que sentisse saudade dele. [ah, e como sinto saudade desse sorriso.]
A sua doce voz pedindo para defendê-la em forma de brincadeira me fazia sentir que eu continuava ser sua protetora, a irmã mais velha que cuida e defende.
A vontade de abraçá-la chegava a ser sufocante, pois desejava passar no calor de um abraço toda a minha força, o apoio e todo o amor fraternal que a dedico.
Pude extrair daqueles momentos toda a sua ternura, amabilidade e o carinho que demonstrava a todos em forma de brincadeiras.
O meu desejo era levar até ela a felicidade, tirar-lhe as angústias, os medos e fazê-la esquecer de tudo o que lhe causa tristeza. Mas, ser uma irmã que não é de laços sanguíneos e ainda por cima morar tão distante, dá certa sensação de impotência por não estar perto para cuidar, no entanto, quando o amor é extremamente verdadeiro e quando este laço é feito pelo Pai, todas as barreiras são quebradas e de onde estivermos, seja longe ou perto, permanece a certeza de que essa união não se findará.
Agradeço a Deus por tudo o que vivemos, seja nos momentos bons ou ruins, e por tudo o que ainda viveremos. Pois, sei que nossa irmandade se estenderá até a eternidade.
“Renovar a saudade” me deu mais força para esperar por novos momentos ao lado dessa irmã que tanto amo: minha Milinha!

Por: Taiane Leite

Um comentário:

Unknown disse...

Tenho certeza que ao Mila ler cada palavra escrita... se emocionará, se felicitará de forma inexplicável e se sentirá mais forte para continuar!!! Muito lindo Tai!!